2021-07-20

Então tem que esnobar as tecnologias imperialistas?

O seu fim essencial era fazer ruir o edifício do poder britânico nas Índias atacando a sua economia nos próprios alicerces. A Grã-Bretanha comprava então a preços irrisórios algodão indiano, que enviava às fábricas de Lancashire, e que voltavam às Índias sob a forma de tecidos, vendidos com lucros consideráveis, num mercado de que estavam praticamente excluídos todos os têxteis não britânicos. Era o ciclo clássico da exploração imperialista. Para dar um golpe nas máquinas das fábricas inglesas, Gandhi escolheu uma arma que era a antítese absoluta daquelas: a dobadoura de madeira tradicional. Ia lutar durante vinte e cinco anos com uma energia indomável para obrigar a Índia inteira a rejeitar os tecidos estrangeiros em favor do khadi de algodão cru fiado em milhões de dobadouras. Persuadido de que a miséria dos camponeses indianos provinha sobretudo do declínio das profissões rurais, via no renascimento do artesanato a chave do renascimento dos campos. Quanto às massas urbanas, fiar era para elas o caminho de uma verdadeira redenção espiritual, a recordação constante do laço que as unia à Índia do interior, à Índia de quinhentas mil aldeias.

(Esta Noite a Liberdade, Dominique Lapierre e Larry Collins, Círculo do Livro, p. 76)

Foco é ritmo é vibração

Tenho conseguido manter algum foco, e os resultados são positivos (mas dá pra melhorar ainda). Enquanto que a falta de foco traz um tipo de arritmia, um descompasso, eu sinto que ter mais foco foco traz um tipo de ritmo, de vibração... uma clareza, uma paz.

Uma questão chave é que tenho que conter o impulso de preencher todo e qualquer silêncio ou intervalo com alguma distração. Distrações momentâneas não são tão ruins por si só, mas tem um grande risco de “abrir um if” que vai roubar minha atenção por um longo tempo.