2021-07-31

Desde que a gente mudou pra Claro, às vezes meu computador consegue se conectar com a internet, às vezes não. Aí eu tenho que reiniciar o modem pra resolver.

“Ai, ai, tenho que ir buscar internet no poço de novo...”

Meu hobby: substituir a letra das músicas por “tchubirabirom”.

Brasileiro gosta de misturar Bach com funk, néan?

Eu gosto muito do Habib's, não consigo boicotar o Habib's. Isso me dá um pouco de humildade na hora de julgar os coleguinhas.

Alguém faz um retema de Dune, porém com Masterchef e TOMPERO

Se as pessoa respeitasse o isolamento ia ser engraçado na hora que começou a vacinar os véio porque ia ser que nem aquele episódio dos Simpsons que os véio bota toque de recolher pra todo mundo que não é véio aí fica os véio jogando bola na rua de noite kkkkkk

Vick com DMSO que delisia

O CAFÉ TÁ QUEIMANDO MINHA MÃO MAS TÁ GOSTOSO

Meus novos vizinhos ficam fazendo barulho de arrastando coisa batendo coisa. Me lembra o vizinho da Filadélfia que ESSE HOMEM NÃO É DA FILADÉLFIA


Design hostil

De uns tempos pra cá o web design do BGG tem se tornado insuportável. Site muito mais pesado, links normais substituídos por links em JavaScript (que não dá pra abrir em outra aba), links de páginas visitadas quase da mesma cor dos das não visitadas, prévia de imagens mutiladas, com as bordas cortadas fora. E isso foi só o que me afetou mais, mas tem muita gente reclamando de muitas outras coisas.

Eu achava que era só incompetência, mas a atitude dos administradores cada vez mais me dá a impressão de que a hostilidade é, pelo menos em parte, intencional.

New personal gallery view horribly scaling and distorting images

Isso me faz ver que o BGG ficou grande demais, centralizado demais. Agora que eles já capitalizaram nas contribuições dos usuários, podem fazer o que quiserem, que não tem pra onde fugir. Não tem outro banco de dados que chegue perto do que é o BGG, e muitas comunidades se estabeleceram lá.

É complicado. A Web ideal é uma rede, cheia de nós menores. Essa concentração de poder é prejudicial. Mas a Web está o tempo todo desmoronando – faz parte, sites nascem e morrem, mesmo os grandes. Mas sites maiores costumam ser mais estáveis, e essa estabilidade é desejável.

Eu vou ver se consigo reduzir tanto a minha dependência do BGG, quanto as minhas contribuições de conteúdo. Paradoxalmente, talvez eu faça, pela primeira vez, uma contribuição financeira, este ano. Enquanto ele me for útil, eu sinto que devo ajudar, mas não quero que ele seja tão útil pra mim, nem vou ajudar a torná-lo útil pros outros. Faz sentido?

Vou deixar de registrar partidas e fazer comentários nos jogos. Pensei em matar a Guilda de Jundiaí, não tem ninguém lá mesmo... mas aparentemente não tem como. Algumas partes do BGG têm RSS, vou dar uma olhada em usar isso em vez do sistema interno de inscrições. Eu prometi ajudar o Simon Igrunoff com uns jogos dele, mas, fora isso, não vou contribuir com o banco de dados.

(Alguém deve estar perguntando, “e a Ludopedia?”. A Ludopédia (me recuso a falar “LudoPÍdia”) não tem esse design hostil, mas, por uma paulada de motivos, ainda é inferior ao BGG. Não pretendo me envolver significativamente com nenhum.)

Como conheci Simon Igrunoff

Certo dia eu estava muito blé, coçando o saco, olhando o Dashboard bo BGG (o que era a antiga página inicial), quando vejo um post, numa região do site que eu não costumo frequentar, sobre um jogo novo. Era um post misteriosíssimo. Era de um russo que não falava inglês, usava tradução automática, toda esquisita.

Tinha uma descrição, e um vídeo INCRIVELMENTE BREGA, que não davam muita idéia de como de fato era o jogo... mas as imagens eram muito intrigantes, pelo menos pra um abstrateiro, como eu.

New board game “Logical curling”

Fui na página do jogo no VK (o Facebook da Rússia), surpreendentemente consegui baixar as regras do jogo (em russo), sem precisar fazer uma conta. Usei o Google Translate pra traduzir, parágrafo por parágrafo (oof) – depois descobri que o Yandex é melhor, pelo menos pra traduzir russo-inglês. Entrei em contato pra tirar algumas dúvidas. Realmente, é um jogo difícil de explicar. Uma mistura de Yahtzee com curling, no qual as combinações dos dados determinam as possíveis trajetórias das peças, tanto no formato, quanto no comprimento de cada parte da trajetória.

Trocamos idéias. Ele é uma pessoa muito fofa, de uma certa cordialidade ao mesmo tempo reverente e efusiva. Ele me apresentou um outro jogo, que parece melhor ainda. Prometi ajudar na divulgação e talvez na tradução das regras. Ainda tô custando a cumprir a promessa, pra variar.

Eu fui a única pessoa a reagir ao post dele nos fóruns. Ele é tão grato por isso, por eu ajudar a divulgar o jogo dele no ocidente, e eu é que fico contente pra caralho de fazer o pouco que posso pra tirar esses jogos pica da obscuridade, e de conhecer uma pessoa massa assim.

You either die a hero, yadda yadda

Por outro lado, tem uma pessoa não tão massa assim. Não vou dizer nomes, mas devo ter mencionado por aí. É o maior designer de abstratos dos nossos tempos, que eu admirava não só pelo trabalho, mas também pela personalidade. Mas depois de uma treta que rolou nos fóruns, ele virou uma pessoa super tóxica.

Se fosse um zé mané qualquer, o normal seria denunciar e bloquear. Mas era um cara que eu considerava, que a comunidade inteira considerava. Tentei conversar bastante com ele, mas ele se recusa a qualquer introspecção. Pelo menos eu tentei o quanto dava, fiz o que pude, tenho a consciência tranquila. Agora tanto ele decidiu se afastar dos fóruns, e eu dele, mas com serenidade.