Outro dia, saindo do Restaurante da Fazenda (blé), decidi voltar pra casa a pé, ziguezagueando boa parte do caminho, me perdendo um pouquinho. Principalmente fazendo desvios pra conhecer praças.

A Praça Joaquim Soares Lemos na Rua Itirapina, com muitas mesas de concreto, um toldo bem grande cobrindo a maioria delas, e uma infestação de velhos jogando baralho, coisa linda de se ver. Eu devia ter passado mais perto pra ver o que eles estavam jogando. Tava muito tranquilo pra ser truco. Então, se você é velho gosta de um carteado e mora pros lados do Hortolândia, pode ser legal dar uma passada lá num domingo à tarde.

Outra praça, a Edherwaldo Cortizo, ligando outra parte da Itirapina com a Antonio Maximiliano de Almeida, tinha um troço muito doido: uma rampa íngreme de concreto bem liso, uma quase lombada no meio, e uma caixa de areia embaixo, pra molecada escorregar, em cima de um pedaço de papelão, que nem um tobogã. Parece massa.

Tiraram a cerca que tinha em volta da praça do Terminal Central (e olhando no Maps, aquela da Rua Itirapina também tinha, e também tiraram). Eu não entendo. O PSDB dá, o PSDB tira. Depois o PSDB dá de novo. Mas acho uma mudança bem-vinda. Agora falta colocarem mesas e bancos bons.

A filial da Extrema Gula que tinha no Bonfiglioli virou outra coisa. Agora é a padaria La Patrona. Pra mim rola um schadenfreude, porque a Extrema Gula parece chique mas tem moscas. E eu romantizo rolê padoca, mas nunca achei uma que me agradasse, então tenho que dar uma passada lá dia desses.

O Botequim da Mell já não é Botequim da Mell, apesar de ainda ter o BM na grade. Eu lembro que era bem gracinha no começo. Depois de um tempo, virou bagunça, e já não se via a Mell. Mudou de mãos oficialmente em 2020. Agora não tá gracinha, mas também não tá bagunça.

O Itaú da Pirapora cercou aquela parte coberta onde o pessoal de rua às vezes dormia. Por quê, depois de tanto tempo? Deve ser o zeitgeist fascista.

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Falando sobre praças, o bosque do Jardim Bizarro tá reaberto pro público! Maravilha! Até reconstruiram o quiosque, só que mais pro lado, e colocaram uma mesona de madeira no lugar das menores de concreto. Façam o favor de não ficar fumando maconha lá, que a vizinhança não gosta.

Uma tristeza é a reforma que fizeram na praça do antigo Russi, atual Ricoy, na 14. Trocaram os bancões de concreto por uns poucos banquinhos de madeira. Claramente quem reforma praça não usa praça.

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Tô meio desacorçoado com essa questão do RSS. Eu achava que essa era a frente mais viável na luta pela Reconquista da Internet™, mas não consegui achar um leitor de RSS que fosse multiplataforma, simples e funcional. Eu olhei até os de Electron (eca).

O que mais chegou perto foi o QuiteRSS, que é superficialmente simples. Mas se você fuçar, você acha as configurações, que são esquizofrênicas, e não tem documentação.

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A divulgação do FESTEJU tá muito boa este ano.

https://cultura.jundiai.sp.gov.br/festeju/

Várias coisas interessantes, principalmente na cena profissional.